domingo, 27 de junho de 2010

A Cidade dos Ossos de Cassandra Clare



No Pan­de­mo­nium, a dis­co­teca da moda de Nova Ior­que, Clary segue um rapaz muito giro de cabelo azul até que assiste à sua morte às mãos de três jovens cober­tos de estra­nhas tatu­a­gens. Desde essa noite, o seu des­tino une-​se ao dos três Caça­do­res de Som­bras e, sobre­tudo, ao de Jace, um rapaz com cara de anjo mas com ten­dên­cia a agir como um idiota…

A MINHA OPINIÃO:

A Cidade dos Ossos é um livro dirigido maioritariamente para o público adolescente e jovem adulto mas, não deixa de ser uma obra muito muito interessante. Desenrola-se a uma velocidade cinéfila alucinante que me acorrentou ao Mundo dos Caçadores das Sombras. É um mundo de miscigenação paranormal... Anjos, demónios, vampiros, feiticeiros, lobisomens e fadas estão presentes. O que podia se tornar confuso é incrivelmente simples... mérito da escritora que me teleportou para uma Nova Iorque paralela e imensa! A nossa protagonista é Clarissa Fray ou Clary. Não é uma rapariga que se esqueça facilmente. Não espera pela protecção de um príncipe encantado. É audaz e não faz o típico papel de donzela em apuros. Clary tem em Simon, o seu melhor amigo. Um dia, à porta de uma discoteca ela vê um rapaz de cabelo azul, segue-o e a sua vida muda radicalmente. Encontra os Caçadores das Sombras, Isabelle, Alec e Jace que ela consegue ver mas Simon, não. Após este intrigante encontro, a vida de Clary precipita-se. A sua mãe desaparece e o seu rapto parece estar ligado a um único nome, Valentine. Um nome que é conhecido no Mundo das Sombras de Alec, Isabelle e Jace. Tornam-se aliados inesperados numa demanda para salvar o mundo de uma grande ameaça personificada pelo misterioso Valentine. Pelo caminho surgem outras personagens igualmente deliciosas, Magnus Bane, o auto-intitulado feiticeiro maior de Brooklyn, Luke e claro, Valentine. Jace e Clary assumem o leme da história. Ele é um dos melhores Caçadores das Sombras, descendentes do Anjo Raziel que os criou para lutar contra os demónios e um protagonista com um passado tenebroso. Jace e Clary transformam-se nos heróis improváveis e, entre eles, emerge uma paixão de desfecho inacreditável. Garanto-vos que por essa eu não estava à espera. Adiantar mais da história seria contra-producente, o melhor é mesmo pegar no livro e ler. Eu adorei-o! Apesar de reconhecer algumas influências de movimentos em voga, o livro é muito cativante e é impossível pousá-lo. Foi um prazer lê-lo!

5/7- MUITO BOM

PS: Li este livro à noite depois de estudar e resultou nos tais sonhos estranhos. Primeiro, sonhei que estava a fazer a minha oral e de repente, entra o Jace a herói de cinema! Com os cabelos a ondular ao vento, armas preparadas, olhos dourados brilhantes...Ei-lo a salvar aqui a Jojo de modelos anatómicos aterrorizadores ou seja, cérebros de plástico!!! Como se diz por aí... LOOL!!!

sábado, 26 de junho de 2010

Exames exames e uma nova cara para os Devaneios...

Olá meus queridos! Tenho andado muito desaparecida mas, época de exames é assim! Peço desculpa a todos os que me enviaram selinhos porém, o tempo é muito escasso e não os consigo recolher e postar.
Hoje, fiz uma pausa nos estudos e renovei a face do blog. Espero que gostem... Afinal mi casa es tu casa! Este novo template representa as viagens que os livros proporcionam. Um bom livro é capaz de nos transportar para uma época distante, fictícia, faz com que percamos a noção do espaço e do tempo e tudo o que vivemos (por umas horas) está naquele mundo de páginas. Não concordam?
Quanto a leituras acabei de ler os dois primeiros livros da trilogia Caçadores de Sombras. Li-os nesta semana à noite depois de estudar o que resultou nuns sonhos muito muito estranhos. Nem queiram saber!:p
Bjokas a todos! E boa sorte a todos que estão em exames!

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Dança com o Diabo de Sherrilyn Kenyon




Zarek é o mais perigoso de todos os Predadores da Noite. Exilado no Alasca durante séculos, desprezado pela deusa que o criou e temido pela sua própria espécie, foi condenado à morte por Ártemis na sua última missão. A sua única hipótese de salvação vem do líder dos Predadores da Noite, Acheron, que convoca a justiça da ninfa Astrid; mas, em toda a história do mundo, Astrid nunca considerou ninguém inocente… Dizem que mesmo o homem mais amaldiçoado pode ser perdoado, mas conseguirá Zarek convencer Astrid de que, por trás de uma besta feroz, se esconde um ser humano que deseja amar e ser amado?

A MINHA OPINIÃO:

Dança com o Diabo obriga o leitor a uma dança vertiginosa cujos pares são a mitologia, o amor visceral, a redenção e o erotismo. Este é o quarto livro da série Predadores da Noite de Sherrilyn Kenyon. Eu li o primeiro e agora o quarto. Estranho mas, por circunstâncias que me ultrapassam assim aconteceu. Mas asseguro-vos que os outros não me escaparão durante muito tempo. Esta obra é mais uma brisa refrescante. A sua leitura é fluida e viciante. E é impossível deixar de ler... Capaz de oferecer emoção, humor, momentos de paixão ardente e suspense é indescritivelmente compulsivo. Sim,existe um amor à primeira vista recheado de previsibilidade porém, os contornos desta história são muito interessantes. Ela, Astrid, é uma ninfa da Justiça, irmã das Parcas ( as mulheres que controlam o Destino na mitologia helénica) e ele, Zarek, é um predador da noite, imortal que viveu isolado novecentos anos no Alasca. Ele é, aparentemente, frio, cruel e implacável e ela é doce e meiga. Zarek está sob o jugo da deusa Artémis que tem uma relação conturbada e misteriosa com Acheron, o primeiro dos Predadores da Noite. É um livro leve, perfeito para desanuviar e em que as divindades e os demónios convivem com os meros mortais dando-lhe um colorido que é a marca distintiva de Sherrilyn Kenyon. As personagens secundárias são deveras intrigantes. Acheron é uma delas. É uma jogada inteligente da autora, rodeá-las numa aura de mistério. Aguça a curiosidade para os volumes seguintes.Simi, a jovem demónio, é também uma das personagens que mais gostei. Cativou-me por ser extrovertida, franca e por possuir momentos muito cómicos.

4.5/7- BOM

quarta-feira, 16 de junho de 2010

História dos Papas de Juan María Laboa Gallego


Uma narrativa de grandeza, de religiosidade e de pecado. Em História dos Papas, Juan María Laboa Gallego, traça o retrato de 267 papas que ocuparam a cadeira de São Pedro, discípulos directos que herdaram os poderes de Jesus Cristo e mantêm, há vinte séculos, a autoridade sobre a Igreja Católica. Pela cidade de Roma passaram homens santos como Leão I, o Grande, que enfrentou Átila, e reformadores como Gregório VII, grande defensor da Igreja face ao poder laico, guerreiros como Urbano II, que convocou a primeira cruzada, mecenas de arte como Júlio II, a quem se deve a decoração da Capela Sistina. Mas também se sentaram na cadeira do poder papas considerados hereges como João XXII, Alexandre VI, que favorecia de forma escandalosa a sua família, Pio VII, prisioneiro de Napoleão, ou João Paulo I, que apareceu morto na sua cama depois de trinta e três dias de pontificado. Uma crónica completa que conta a história de João XXI, o único papa português que morreu esmagado por um tecto, para uns castigo divino pela sua falta de apreço pelos religiosos dominicanos.

A MINHA OPINIÃO:

História dos Papas é um livro extremamente degastante! Lê-lo de uma assentada seria suicídio literário por isso, optei por o ir lendo aos poucos.Uma época de cada vez. Este livro narra e descreve factos logo, não apelará a uma grande maioria dos leitores. É completíssimo abarcando todos os Papas desde Pedro até Bento XVI. Através da viagem que o livro proporciona, vi como os sucessores do Apóstolo cimentar o seu poder. Alguns sem escrúpulos que buscavam o poder e aproveitaram-se da sua posição, outros devotos da sua missão de evangelizar, alguns foram mártires e outros vítimas da sua ambição ou da sua santidade. É um livro complexo, denso mas rigoroso e muito elucidativo. Dentro do seu género, é um dos melhores livros que já encontrei. Detalhado, coerente e muito bem organizado.

6/7-EXCELENTE

terça-feira, 15 de junho de 2010

Flashman- A Odisseia de um Cobarde de George McDonald Fraser



Ele é um mentiroso, ele é um cobarde, ele seduziu a amante do próprio pai. Ele é Harry Flashman e esta é a sua deliciosa odisseia. Dos salões vitorianos de Londres às fronteiras exóticas do Império, prepare-se para conhecer o maior herói do Império Britânico. Pode um homem que foi expulso da escola por andar sempre bêbado, que seduziu a amante do próprio pai, que mente com quantos dentes tem e é um cobarde desavergonhado no campo de batalha, protagonizar uma série de triunfantes aventuras na era vitoriana? A escandalosa saga de Flashman, herói e soldado, mulherengo e agente secreto relutante, emerge numa série de memórias campeãs de vendas em que o herói gingão revê, na segurança da velhice, as suas proezas na cama e no campo de batalha.
A MINHA OPINIÃO:

Flashman- A Odisseia de um Cobarde é um livro de sentimentos contraditórios. O protagonista é o responsável por este torvelinho de emoções. Harry Flashman é mulherengo, cobarde,mentiroso, interesseiro, e safa-se quase sempre miraculosamente das alhadas em que mete. Muitas vezes, ilude os outros personagens com a sua grande lábia e muitas vezes, é bafejado pela sorte, pura, que o livra de males maiores. Harry é um personagem muito diferente, um anti-herói, que tem momentos detestáveis, a meu ver, mas também situações hilariantes.É ele que nos conta a história e com a sua grande lata (muita mesmo!) conseguiu envolver-me na sua teia. A história começa com a expulsão do colégio que frequentava por embriaguez. Harry comunica ao pai, outra figura peculiar, que pretende ingressar no Exército. Aqui, passa por algumas situações bizarras que incluem um duelo que Flashman vence, aldrabando-o. A causa desta rixa?... Harry não consegue segurar as calças e atira-se à mulher de outro. Apesar de ser culpado, serve-se da sua fanfarronice e batota e torna-se aos olhos de todos, um homem honesto e compassivo. Demais! Mas a sua sorte não dura muito e Harry Flashman vê-se a caminho da Índia e do Afeganistão num altura em que eclode a Primeira Guerra Anglo-Afegã e o homem que apenas quer viver um boa vida vê-se como mensageiro entre os britânicos e os afegãos. Confusões,rixas, duelos... tudo é possível! E de todas, ele escapa caricatamente e graças ao acaso que lhe é extraordinariamente favorável.
Enfim, Harry Flashman é deveras intrigante... Detesto-o e no entanto, não consigo evitar de ler as suas palavras. Porque ele é desonesto, mentiroso com outros intervinientes da história mas, nunca nunca mente ao leitor, admite a sua cobardia e ainda por cima, vangloria-se seus feitos nada heroícos. Gostei de ler este livro e espero pela continuação...

4/7-BOM

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Em Nome da Fé de Enrico-Maria Parodi



Henrique Soda, comandante da TAP, vê-se envolvido, duma forma puramente acidental, no perturbador rescaldo dos atentados às Torres Gémeas e, logo depois, em não menos perturbadoras descobertas do foro religioso. Sem se dar conta, pertencerá a uma expedição investigadora aos Himalaias, onde cristãos, muçulmanos, judeus, ortodoxos e agnósticos, numa aventura apaixonante, demandam a Índia em busca de verdades caladas durante séculos, à procura do desconhecido Issa, o Jesus Cristo quase desconhecido.
Página a página, o leitor irá descobrir que o nosso pequeno mundo é feito de minúsculas coincidências, e as nossas vidas estão continuamente à mercê das convicções e da ganância de homens de todos os tempos e lugares. “Em Nome da Fé” praticam-se os crimes mais atrozes, quase sempre sob o manto da justiça suprema. Trata-se dum novelo que se vem emaranhando há séculos e parece não haver forma de algum dia se desenvencilhar.
Este autor luso-italiano, que logo na estreia esgotou o seu primeiro livro apenas numa semana, com o romance histórico «Onde Mora o Destino» (Papiro, 2006), volta a deliciar-nos com esta narrativa contemporânea através duma extraordinária carga emotiva, realística e virtual ao mesmo tempo.

A MINHA OPINIÃO:

Em Nome da Fé é religiosamente viciante! Percorre o Islão, o Judaísmo, o Cristianismo, o Budismo e o Hinduísmo com facilidade interligando as diferentes religiões. Nota-se a intenção do autor em documentar o livro.Transparece a pesquisa e o empenho que Parodi empreendeu para fortalecer a sua obra. Sendo um livro contemporrâneo em comunhão com o passado era natural que assim acontecesse. Sem este trabalho prévio do escritor, o livro seria indubitavelmente, um fracasso.Em nome da fé se cometem atrocidades e a fé guiará os personagens. Fés distintas que os conduzirá aos caminhos do misterioso Issa. Seguindo as suas pegadas, descobriram-se-ão e encontraram a verdade. Crua e fria e talvez aquela que não esperavam mas, a verdade. Porque a Humanidade é pensante e complexa que se rege em por valores e necessidades semelhantes porém, nem todos os homens os interpretam da mesma maneira resultando por vezes, em guerras estúpidas (todas o são!). Guerras em nome de uma fé que no seu íntimo só apregoa a paz. Este é um livro que nos leva a pensar e a perceber como de um momento para outro uma acção bélica pode mudar a vida de milhões de pessoas inocentes. Começa com um prólogo intrigante que é apenas o começo de uma grande aventura. Apesar de ter gostado bastante do livro vou apontar algumas debilidades. Em algumas passagens, fiquei com a sensação de que as personagens debitavam matéria, factos, datas, conceitos. Sim, são importantes para contextualizar o leitor e para o orientar todavia, houve momentos em que os achei um pouco excessivos. Momentos que podem ser explicados que pelo meu cansaço após um dia intensivo de estudos.

Em Nome da Fé é um livro trepidante que aconselho a ler... até porque espero ler as vossas opiniões!

4,5/5-BOM