terça-feira, 28 de agosto de 2012

Os Devaneios estão encerrados para férias...


Meus amores, vou de férias e provavelmente não terei acesso à internet por isso, nas duas próximas semanas não haverá publicações. E como sempre não consigo decidir quais os livros a levar. Na mala estão: E Tudo o Vento Levou de Margaret Mitchell, As Horas Distantes de Kate Morton, Nas Asas do Tempo de Dianna Gabaldon e para uma releitura levo O Hobbit de J.R.R Tolkien. No entanto, posso mudar de ideias mesmo em cima da hora. Até breve xD!

O Festim dos Corvos (Crónicas de Gelo e de Fogo VI) de George R.R Martin


ESTA SINOPSE CONTÉM SPOILERS. QUEM NÃO OS DESEJAR AVANCE PARA A OPINIÃO:
«Continuando a saga mais ambiciosa e imaginativa desde O Senhor dos Anéis, As Crónicas de Gelo e Fogo prosseguem após o violento triunfo dos traidores.Enquanto os senhores do Norte lutam incessantemente uns contra os outros e os Homens de Ferro estão prestes a emergir como uma força implacável, a rainha regente Cersei tenta manter intacta a força dos leões em Porto Real. Os jovens lobos, sedentos por vingança, estão dispersos pela terra, cada um envolvido no perigoso jogo dos tronos.
Arya abandonou Westeros rumo a Bravos, Bran desapareceu na vastidão enigmática para além da Muralha, Sansa está nas mãos do ambicioso e maquiavélico Mindinho, Jon Snow foi proclamado comandante da Muralha mas tem que enfrentar a vontade férrea do rei Stannis e, no meio de toda a intriga, começam a surgir histórias do outro lado do mar sobre dragões vivos e fogo...»

A MINHA OPINIÃO:

O Festim dos Corvos tem a tarefa quase impossível de ser o escolhido para seguir o fenomenal A Glória dos Traidores de As Crónicas de Gelo e Fogo. A Glória dos Traidores foi brutal, cruel e radical sendo que, muitos intervenientes mostraram aqui a sua verdadeira face. A escalada de eventos e acontecimentos chocantes marcaram o fim de uma era em Westeros e agora é tempo de reunir hostes e enveredar por novos caminhos. Assim, O Festim dos Corvos é o rescaldo, "o lamber das feridas"... Surgem novos personagens, novos cenários e aqueles que aprendemos a amar ao longo dos volumes anteriores são confrontados com novas decisões e novos desafios. Há capítulos dedicados a personagens que nunca tiveram a sua voz. Só os conhecia através dos outros jogadores. Cersei Lannister é das que mais se destaca. Os seus irmãos Jaime e Tyrion são dos meus favoritos por razões óbvias para quem leu os livros e ansiava que Cersei tivesse capítulos só dela. Será que ela consegue igualar os seus irmãos? Tyrion rouba qualquer cena em que se encontra devido ao seu carisma, inteligência e humor mordaz. Com o Jaime tenho uma relação intrigante de amor/ódio. Ainda não o perdoei por causa de algumas das suas acções nos primeiros volumes mas, a sua jornada inesperada para redenção e o seu sentido de honra muito peculiar cativaram-me. Cersei tem o talento de atrair atenção como os restantes Lannisters porém, é de uma forma distinta. A sua perfídia é lendária e ela até é astuta o suficiente para manobrar os peões e chegar ao poder contudo, falta-lhe o discernimento para o manter. Se eu achava que os Lannisters tinham uma dinâmica familiar que é no mínimo interessante, o que dizer das novas casas que o escritor desenvolve neste volume, os Martell e os Greyjoy? Uma palavra: fujam!!! Entre os homens de ferro das ilhas e as Serpentes de Areia de Dorne recuso-me a escolher qual é o mais letal! George R.R. Martin cria mais uma vez personagens fortes que mexem com os nossos sentimentos e alarga mais uma vez os seus horizontes. Neste livro, são realçadas as mulheres. Cersei, Arianne Martell e as suas primas, Arya Stark, Asha Greyjoy e Brienne de Tarth são um bom exemplo de como um homem consegue escrever mulheres destemidas e credíveis. O Festim dos Corvos pode não atingir a grandeza chocante do anterior todavia, é mais uma beleza de George R.R. Martin. Não tem tantas reviravoltas e acção mas, apresenta uma nova panóplia de personagens fascinantes que irão fincar o pé às restantes casas. Claro que senti saudades de Tyrion, Daenerys e Jon Snow e espero reencontrá-los nos próximos volumes porém, a imaginação do autor é impressionante e  continua a arrebatar-me mesmo sem os velhos protagonistas. Mais uma obra gigante de George R.R. Martin e imperdível para os fãs da saga!  E se me dão licença vou zarpar daqui, o barco para O Mar de Ferro parte daqui a momentos e não quero perdê-lo por nada...

6/7- EXCELENTE

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A Cor do Céu de James Runcie


Um pequeno tesouro para se descobrir. 

Veneza no ano de 1295. Aquando das festividades do dia da Ascensão, Teresa Fiolaro, uma mulher que há muito tentava em vão ter um filho, encontra um bebé abandonado num estreito canal. Chama-lhe Paolo. Apesar da resistência do seu marido, a jovem cria a criança em casa, no meio dos vidreiros de Murano. Quando Paolo cresce, os seus novos pais apercebem-se que ele vê mal ao longe, mas que ao perto tem uma estranha e apurada capacidade de distinguir cores e tons. Esse dom é reconhecido por Simone Martini, um pintor de Siena, que envia Paolo numa viagem para encontrar o perfeito azul ultramarino, a cor do céu. Essa viagem vai levá-lo para lá do mundo conhecido, através da Pérsia, Afeganistão e China, onde terá oportunidade para aprender mais sobre as cores, a beleza e o amor, mas também sobre a derradeira diferença entre ver e olhar.

A MINHA OPINIÃO:

A Cor do Céu é uma pequena preciosidade! A busca incessante pelo azul perfeito torna-se numa jornada cheia de cor até ao âmago da alma humana! Paolo é um jovem italiano com quem empatizamos de imediato devido as suas origens misteriosas, a sua generosidade, o seu desejo pela visão e o seu gosto pela aventura e aprendizagem. Adorei conhecer cada povo, cada costume, cada religião com que ele se deparou. O seu grupo de viagem é igualmente heterogéneo: Jacopo, um judeu e Salek, um muçulmano. James Runcie aproveita esta diversidade para criar debate entre os personagens sobre as suas crenças e superstições. O livro também me chamou à atenção por outro motivo, a estranha "doença dos olhos" de Paolo e como ele lidou com essa enfermidade . É estranha porque no século XIII não havia tratamento ou resolução para a miopia. O escritor é sagaz ao delinear o percurso do italiano. Paolo não via bem fisiologicamente mas via perfeitamente a vida. Quando a realidade muda, como irá ele reagir? A adaptação é morosa porém, o encontro com o homem santo oriental é delicioso de se ler. As recomendações do velho homem parecem bizarras todavia, entre as suas palavras está uma filosofia de vida ímpar. A Cor do céu é uma leitura tocante que não atinge o patamar de obra-prima porque não é muito equilibrado. Por um lado, aborda temas complexos e é profundo nas suas conclusões. Por outro lado, é demasiado superficial deixando-nos ávidos por um mistério que nunca é respondido. No entanto, este livro é uma pérola! É uma jornada muito agradável cheia de lições e fascinantes descobertas.

4/7- BOM**

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

O Fruto Proibido de Sherry Thomas


Famosa em Paris, mal-afamada em Londres. Verity Durant é tão conhecida pelos seus dotes culinários quanto pela sua vida amorosa. Contudo, essa será a menor das surpresas que espera o seu novo empregador quando este chega a Fairleigh Park, a propriedade que acaba de herdar após a inesperada morte do seu irmão. 
Para Stuart Somerset, uma estrela política em ascensão, verity Durant é apenas um nome e a comida é apenas comida, até degistar o primeiro prato confeccionado por ela. Até então, a única vez que experimentara tamanho despertar dos sentidos fora numa perigosa noite de paixão com uma estranha que desaparecera com a madrugada. Dez anos de espera pelo prato principal é muito tempo, mas quando Verity Durant entra na sua vida, apenas uma coisa conseguirá satisfazer Stuart. O apetite dele pela luxúria será vingança ou o mais excepcional dos acepipes - o amor? O passado de Verity alberga um segredo que poderá devorá-los a ambos, ao mesmo tempo que tentam alcançar o mais delicioso dos frutos…


A MINHA OPINIÃO:

O Fruto Proibido de Sherry Thomas é pecaminoso! Este adjectivo assenta na perfeição a este livro porque há uma variedade infindável de sabores, cores e aromas. São luxuriantes, requintados e irresistíveis! Os dotes culinários da protagonista, Verity são um autêntico menu de degustação suculento e inesquecível! As descrições dos seus pratos por Sherry Thomas são tentações e as minhas papilas gustativas compreenderiam muito bem o encantamento dos convidados que se sentavam à mesa recheada com tais delícias. O meu corpo é que não ia gostar muito da ideia pois iria, com certeza, ter um aumento ponderal exponencial!  Sherry Thomas consegue com isto ser das poucas autoras de "romance de época" que ainda me surpreende. As suas personagens femininas tem personalidade, garra e história. Verity tem carisma e responde muito bem a Stuart. Adorei os seus desencontros e como saltavam faíscas mesmo sem se verem.  Bastava uma pequena lembrança ou umas simples palavras numa carta para incendiarem uma sala de raiva, frustração ou paixão intensa! Sempre ouvi dizer que a linha entre o ódio e o amor é ténue e parece que a escritora também  porque ela tirou partido disso. A utilização de duas épocas temporais diferentes também foi uma manobra inteligente da autora pois, ao desvendar os segredos do passado à medida que se conhece o presente é compulsivo. Torna a leitura mais voraz e asfixiante! O Fruto Proibido brindou-me ainda com uma história de amor secundária igualmente  consistente e cativante que, por vezes, não encontramos nestes livros. Thomas triunfa assim apostando no enriquecimento em detrimento de uma história única que, mesmo bela saberia a pouco! É uma iguaria de livro que merece ser apreciado como um manjar fabuloso... 

5/7-MUITO BOM

PS: Aviso à navegação: eu acho que só de imaginar os pratos e sobremesas de Verity engordei... :P

terça-feira, 21 de agosto de 2012

As Memórias de Cleópatra III- O Beijo da Serpente de Margaret George


A conclusão de uma saga maravilhosa: a visita ao Antigo Egipto e à vida de Cleópatra, a rainha do Nilo. 
Escritas na primeira pessoa, As Memórias de Cleópatra começam com as suas recordações de infância e vão até ao seu glorioso reinado, quando o Egipto se torna num dos mais deslumbrantes reinos da Antiguidade. As Memórias de Cleópatra são uma saga fascinante sobre ambição, traição e poder, mas também são uma história de paixão. Depois de ser exilada, a jovem Cleópatra procura a ajuda de Júlio César, o homem mais poderoso do mundo. E mesmo depois do assassinato daquele que se tornou o seu marido, e da morte do segundo homem que amou, Marco António, Cleópatra continua a lutar, preferindo matar-se a deixar que a humilhem numa parada pelas ruas de Roma.Na riqueza e autenticidade das personagens, cenários e acção, As Memórias de Cleópatra são um triunfo da ficção. Misturando história, lenda e a sua prodigiosa imaginação, Margaret George dá-nos a conhecer uma vida e uma heroína tão magníficas que viverão para sempre.

A MINHA OPINIÃO:


O Beijo da Serpente é o culminar estupendo desta magnífica trilogia sobre Cleópatra! Este terceiro volume é épico e angustiante porque marca a derrota do Egipto, de Cleópatra e de Marco António que sucumbem ao poderio romano de Octávio. Margaret George retrata uma Cleópatra rainha que tenta proteger a todo custo o seu país, uma Cleópatra que é mãe extremosa que resguarda ferozmente os filhos e uma Cleópatra  que é esposa fiel e dedicada que vacila perante o desmoronar de um sonho idílico. Ela e Marco António sonharam com um Império que se estenderia por toda Ásia e Ocidente e que todos os povos seriam irmãos, cada um com a sua cultura, religião e tradição. Porém, Octávio é um oponente de intelecto formidável, frio e calculista. A beleza deste livro e de toda trilogia de Margaret George são as incríveis e detalhadas descrições. Não são entediantes pelo contrário, enchem a história de brilho, cor e aromas. São uma mais-valia para quem adora aquela sensação de desprendimento que nos faz esquecer o que nos rodeia e que nos faz imergir nas páginas de um livro! Neste volume, Cleópatra enfrenta o seu maior medo: o fracasso! Marco António, um dos meus personagens favoritos está em declínio. Outrora grande general romano, louvado e amado e homem de grandes paixões, António só demonstra que é, indelevelmente, humano e começa sofrer tanto quanto ama.  Para ele, é quase uma catástrofe porque vive tudo intensamente e no limite. Do lado oposto da barricada, Octávio é inexorável e, aparentemente, indiferente a outra emoção que não se mova em torno da sua ambição e poder. É um confronto trágico de titãs! Apesar de o final desta história ser mais que conhecido, Margaret George nunca perdeu a minha atenção. É um grande feito pois, se o fim é previsível devido à realidade histórica é necessário encantar os leitores de outra forma e ela consegue-o...O Beijo da Serpente é mais dramático de todos os volumes mas, mantém o mesmo requinte devido as inevitáveis e belíssimas descrições que nos são dadas pelos olhos de Cleópatra e à fabulosa recriação de personagens da escritora. Ela procurou ver além do mito e todos são capazes de nos arrancar algum tipo de sentimento mesmo que este seja o ódio. É uma enorme trilogia que merece todos elogios que lhe são tecidos! É impressionante, e memorável! 


6/7-EXCELENTE

TRAILER DO FILME:

Em 1999, foi produzido um filme para a televisão baseado na obra de Margaret George. Diria que foi livremente baseado porque, tive a o oportunidade de o ver e não chega nem aos calcanhares dos livros. E isto já é um eufemismo! É daqueles filmes que vê porém, não acrescenta nada. Aqui fica o trailer para os interessados: 

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Os Devaneios já estão livres de vírus...

Depois de receber alguns avisos alarmantes de seguidores que não conseguiam entrar neste cantinho devido a um aviso de vírus, resolvi fazer uma limpeza em alguns posts que estavam associados a outro blogue com problemas de segurança. Agora os Devaneios estão novamente seguros! xD

Os Pilares da Terra I e II de Ken Follet

Na Inglaterra do século XII, Tom, um humilde pedreiro e mestre-de-obras, tem um sonho majestoso – construir uma imponente catedral, dotada de uma beleza sublime, digna de tocar os céus. E é na persecução desse sonho que com ele e a sua família vamos encontrando um colorido mosaico de personagens que se cruzam ao longo de gerações e cujos destinos se entrelaçam de formas misteriosas e surpreendentes, capazes de alterar o curso da história. Recheado de suspense, corrupção, ambição e romance, Os Pilares da Terra é decididamente a obra-prima de um autor que já vendeu 90 milhões de livros em todo o mundo.

A MINHA OPINIÃO:


Os Pilares da Terra é uma obra grandiosa de Ken Follet! A edição portuguesa foi dividida em dois volumes porém, optei por elaborar uma opinião conjunta. É assombroso como o escritor agrega as histórias de vida dos pobres, as intrigas dos nobres e a guerra civil inglesa (anarquia) em torno da construção de uma catedral no século XII. Inicialmente, a catedral é o sonho de um simples pedreiro, Tom. É um homem de fé e de visão e acredita que a beleza da arquitectura alcançará Deus. Contudo, à medida que os anos passam a catedral transforma-se num estandarte de esperança não só para Tom mas também para todos que se abrigam na sombra das suas paredes . É um símbolo de resiliência face à adversidade, um meio de subsistência de um pequeno vilarejo e um farol para aqueles que encontram na fé, a sua tábua de  salvação. O livro apela à nossa compaixão e à nossa curiosidade e induz um estado de fascínio irracional pois, é quase impossível largá-lo. A escrita de Follet não é rebuscada. É simples sem grandes brilhantismos todavia, são as suas personagens e a história gloriosa atravessando gerações que são merecedoras de todos elogios. O autor criou intervenientes credíveis que almejam o poder,o amor, a vingança, a justiça ou simplesmente a sua subsistência e a da família. Cada personagem tem os seus demónios e as suas virtudes  que as colocam na lista das amadas ou na das odiadas. Insinuar que este livro é só sobre a construção de uma catedral é quase pecaminoso! Sim, a construção do edifício predomina em quase todos os capítulos mas, estes também contam as agruras e as vicissitudes da vida de penúria na Idade Média durante uma guerra sangrenta em que as personagens fazem tudo para sobreviver e para satisfazer as suas ambições sejam elas quais forem . No clero, existem bons e maus assim como na nobreza. Porém, bom e mau é relativo porque os seus objectivos até são compreensíveis apesar de os meios para lá chegarem serem, por vezes, moralmente e eticamente questionáveis. No fundo, são pessoas como nós sendo tão genuínas que é impossível não ter empatia com elas . Tom foi aquele que me cativou logo de início. É um homem humilde com um grande sonho mas, que a vida tende a espezinhar. Os seus erros, os seus remorsos e a sua luta pela sobrevivência só me aproximaram ainda mais dele. Phillip, prior de Kingsbridge é outro personagem memorável de mente arguta e sagaz que cresce ao longo de todo o livro. A sua inocência política das primeiras páginas é ofuscada pelas magníficas manobras que ele desencanta para salvar a sua catedral e a sua população. Phillip é um estratega da Fé porém, a contrabalançar a sua bondade e justiça está Waleran, bispo de carácter duvidoso que não hesita em esmagar os inimigos. Alianças são forjadas e desfeitas com a mesma rapidez com que viramos uma página. No meio destas teias de conspirações, está Jack que me maravilhou com a sua estranheza e capacidade de sonhar. Jack ganha grande destaque na segunda parte da história já que, ele é o mais aventureiro de todos partindo em busca de respostas. Aliena, outra personagem marcante é a jovem filha de um conde cuja vida é destroçada pelos Hamleigh sedentos de poder. É uma mulher persistente que se alimenta de uma promessa. Jack e Aliena condimentam o livro com a sua relação amorosa intensa e altamente improvável.No entanto, atrevo-me a dizer que não existem personagens principais. Todas são importantes e todas contribuem para a grandiosidade desta obra. A arquitectura e a invenção também são preponderantes e o escritor dedica grande parte de alguns capítulos a elas. Não as achei maçadoras pelo contrário, achei-as enriquecedoras. É sempre bom expandir os nossos conhecimentos e elas eram necessárias pois, a existir uma protagonista, essa seria a catedral. É uma leitura soberba que me arrebatou de tal maneira que fiquei desejosa de ler outro livro de Ken Follet!

7/7-OBRA PRIMA***

TRAILER DA MINISÉRIE DE OITO EPISÓDIOS:


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Os Devaneios fazem três anos xD...

Parece que foi ontem que decidi criar Os Devaneios mas, afinal já passaram três aninhos. Agradeço a todos os que o tornaram tão grande: aos que o que seguem, que comentam, que o lêem e aos que têm paciência para os meus Devaneios. Ultimamente, o meu tempo têm diminuído com os estudos e a faculdade e cada vez leio menos. Porém, não conto abandonar os Devaneios tão cedo!xD Obrigada a todos e espero continuar a vê-los por aqui:)...

A Dama Negra de Nora Roberts

A história de uma mulher, de uma estátua antiga e de uma paixão que atravessa os tempos. 

O ar estava frio quando a Dra. Miranda Jones chegou a casa depois de uma longa semana de trabalho. Mas o seu sangue gelou quando sentiu encostarem-lhe uma faca ao pescoço. Depois de roubaram tudo o que trazia, os assaltantes desapareceram.Profundamente abalada, Miranda decide esquecer aquela experiência assustadora. E, para isso, nada como aceitar o convite para ir a Itália confirmar a autenticidade de A Dama Negra, um bronze renascentista representando uma cortesã dos Medici. Mas, em vez de cimentar a sua posição como a maior perita mundial nesse campo, a viagem a Itália destrói-lhe a reputação. Sentindo-se alvo de uma cilada, Miranda está decidida a limpar o seu nome. Mas ninguém parece disposta a ajudá-la... com a excepção de Ryan Boldari, um sedutor ladrão de arte, cujos objectivos são obscuros.Agora torna-se evidente que o assalto à porta de sua casa foi muito mais do que isso... e que a Dama Negra possui tantos segredos quanto a cortesã que a inspirou. Com a ajuda de um homem em quem não deve confiar mas por quem sente uma atracção intoxicante, o futuro de Miranda parece repleto de traições, mentiras e perigos mortais.

A MINHA OPINIÃO:

Há muito tempo que Nora Roberts deixou de me surpreender. Os últimos livros que li dela foram pouco apaixonantes.Lembro-me de ler Jogo de Mãos e ficar tão vidrada na história que só larguei o livro quando o acabei. Procurava um pouco dessa paixão perdida neste livro. A Dama Negra é considerado por muitos, o melhor livro da autora. Foi com esta expectativa que iniciei a sua leitura. As suas primeiras páginas não agoiraram nada de bom. Não havia nada que me agarrasse nem mesmo Miranda, a protagonista e a sua relação disfuncional com a mãe. Cheguei a temer o pior... Porém, eis que chega Ryan Boldari,encantador, sarcástico e ladrão. Miranda e ele são opostos! Ela é muito rotineira e gosta de dar passos seguros contrastando com Ryan que é arrojado e irreverente. A dinâmica da relação trouxe uma nova vida à história e reencontrei a Nora Roberts de outrora, a autora que me fazia ler madrugada adentro.  Cheio de adrenalina, paixão e reviravoltas estonteantes, A Dama Negra é uma leitura voraz.O Maine e a cidade de Florença foram cuidadosamente escolhidos como palcos para o mistério que envolve o Bronze da Dama Negra. É realmente Nora Roberts no seu melhor! Há mistério, arqueologia, drama, famílias "malucas", um casal protagonista explosivo e histórias paralelas cativantes como a de Andrew, irmão de Miranda. Para quem gosta desta escritora, este livro é obrigatório!

4/7- BOM*