quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Selinho Versatile Blogger


Tenho de agradecer todos os que me enviaram selinhos nos últimos meses e que infelizmente, não publiquei devido à falta de tempo. Mas aprecio imenso todos os miminhos que me dão. Quanto a este selo aqui estão as regras:

Regras:
- Postar o selo e dizer quem me presenteou;
- Dizer 7 coisas sobre mim;
- Presentear 15 blogs com o mesmo;

Este selinho foi-me oferecido pelo Vítor das Crónicas Obscuras, pela Rita de A Magia dos Livros, pela Filipa de O Labirinto dos livros,  pela Leitora  da Atmosfera dos livros, pela Sandra de Mil Estrelas ao Colo, pela Sofia do blogue Morrighan, e pelo Luís de Ler y Criticar. Sim me esqueci-me de alguém lembrem-me por favor! Obrigada a todos:)

7 coisas sobre mim:
1- Estou no penúltimo ano de faculdade.
2- Tenho um mini-zoo em casa na ilha e insisto em dar nome a todos os animais o que põe a minha mãe doida.:p
3- O meu quarto está tão cheio de livros que costumo dizer que qualquer dia afogo-me em livros.
4- Adoraria conhecer o Tibete numa viagem que privilegiasse as caminhadas a pé pelas montanhas.  
5- Gosto de ouvir música (bandas sonoras) enquanto escrevo.
6- Sou viciada em séries.

Os 15 blogs que presenteio com este selo são:



Faltam alguns para perfazer os 15 blogues mas esses lugares serão ocupados por aqueles que me deram este selinho a quem retribuo com muito carinho.

As Horas Distantes de Kate Morton



Tudo começa quando uma carta, perdida há mais de meio século, chega finalmente ao seu destino...

Evacuada de Londres, no início da II Guerra Mundial, a jovem Meredith Burchill é acolhida pela família Blythe no majestoso Castelo de Milderhurst. Aí, descobre o prazer dos livros e da fantasia, mas também os seus perigos.
Cinquenta anos depois, Edie procura decifrar os enigmas que envolvem a juventude da sua mãe e a sua relação com as excêntricas irmãs Blythe, que permaneceram no castelo desde então. Há muito isoladas do mundo, elas sofrem as consequências de terríveis acontecimentos que modificaram os seus destinos para sempre.
No interior do decadente castelo, Edie começa a deslindar o passado de Meredith. Mas há outros segredos escondidos nas paredes do edifício. A verdade do que realmente aconteceu nas horas distantes do Castelo de Milderhurst irá por fim ser revelada...

A MINHA OPINIÃO:

Kate Morton é das minhas escritoras favoritas! Não escondo que os seus dois primeiros livros me fascinaram tanto que os li até madrugada, freneticamente. Ela tem a habilidade extraordinária de contar uma história entre o passado e o presente que não é confusa ou fatigante. As suas páginas estão carregadas de mil segredos e de mil descobertas. As Horas Distantes não é excepção. Contém  mesmo toque de magia e é abençoado pelos incríveis cenários nomeadamente, o Castelo de Middlehurst em que nos perdemos e nos reencontramos. Porém,  para mim este livro não é tão cintilante como os restantes. Apesar de ser uma leitura deliciosa, não me envolveu tanto. As irmãs Blythe são personagens peculiares e relativamente cativantes especialmente, a enigmática e etérea Juniper contudo, o ritmo desta leitura não atingiu o que eu esperava. A história rica e lindíssima mas, o inicio é marcado pela descrição em detrimento da acção. Não há harmonia ao contrário de nos outros livros de Kate Morton. Sendo uma das minhas autoras predilectas, não poderia deixar referenciar este detalhe. O Jardim dos Segredos e A Casa de Riverton maravilharam-me precisamente por serem equilibrados. Além de apresentarem personagens e lugares fascinantes, a acção e descrição complementavam-se não havendo supremacia de nenhuma. É tão raro encontrar livros assim! As Horas Distantes peca por não imitar os seus predecessores a este nível. Ainda assim, possui os seus encantos e os últimos capítulos não são lidos, são devorados tal é a ansiedade do leitor em deslindar o mistério das irmãs Blythe. E como todo livro desta autora está recheado de surpresas que nos atordoam com as suas revelações! Viajamos no tempo e descortinamos almas apaixonadas, corações atormentados, sorrisos esquecidos, sonhos despedaçados que só encontram paz no futuro. As Horas Distantes pode não ser tão esplendoroso como as outras obras de Morton não obstante, não deixa de arrebatar o leitor.

5/7-MUITO BOM

domingo, 16 de setembro de 2012

Devaneios à Solta... Kafka à Beira Mar de Haruki Murakami

Cais das Colunas, Lisboa (foto da minha autoria)

"-Tu estavas lá. E eu estava lá, a ver-te.À beira-mar, há muito, muito tempo.(...)
Fecho os olhos.É Verão e estou à beira-mar, sentado numa cadeira de praia. Sinto a lona áspera de encontro à minha pele. Aspiro profundamente o cheiro a maresia.Mesmo de olhos fechados a luz Sol penetra através das pálpebras. Oiço o som das ondas que batem na areia. O som afasta-se, depois aproxima-se, ao sabor do tempo." pág. 556 in Kafka à Beira Mar de Haruki Murakami

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

E Tudo o Vento Levou I e II de Margaret Mitchell


Ganhador do prêmio Pulitzer de 1937, traduzido para 51 línguas, nunca a obra de uma iniciante obteve tamanho sucesso . Em 1932 quando foi atropelada e obrigada a passar um longo período hospitalizada, Margareth Marsh não imaginava poder tornar-se uma das escritora mais famosas de seu tempo. O livro conta a história de sua cidade natal Atlanta, a guerra de secessão que dividiu os estados do norte e do sul dos Estados Unidos , numa luta sangrenta. Assim foi criada Tara , uma enorme fazenda que abrigava a família O´Hara. 


A MINHA OPINIÃO:

Há livros que transcendem qualquer elogio que lhes possa atribuir e que se infiltram de tal maneira no nosso pensamento que só encontramos paz nas suas páginas. E Tudo o Vento Levou é sinónimo desta magnificência! Absolutamente soberbo, este livro é revolução, sangue, guerra, fome e paixão. Ultrapassa claramente a classificação de "romance" pois, embora o seu par protagonista seja magnetizante e acirrante, ele nunca poderá ser reduzido a isso. É um relato apaixonante da guerra civil americana, vivenciada pela moribunda aristocracia sulista das grandes plantações que, tanto empenho tinha na Causa contra o Norte industrial. Margaret Mitchell consegue captar na perfeição o idílio antes guerra, a cruzada bélica entre facções do mesmo país com legados diferentes e o período conturbado de adaptação ao pós-guerra.Algumas personagens persistem nos seus ideais incapazes de aceitar a mudança, outras usam qualquer método à sua disposição para subsistir seja ele honrado ou não. Curvo-me perante a mestria da autora que soube doar complexidade e profundidade à história, ensinar-me e arrebatar-me com a dimensão e a grandiosidade da sua obra. No entanto, o aspecto mais peculiar deste livro é o facto de a sua protagonista Scarlett O'Hara não ser a convencional heroína o que não deixa de ser bizarro. Como é que uma mulher caprichosa, egoísta e fútil pode ser tão sedutora e passível de admiração? Ela é tudo isto mas, também é corajosa e disposta a tudo para sobreviver o que nos liga inevitavelmente a ela. Esta mulher poderosa de olhos esmeralda que carrega o fardo da herança de Tara, plantação sulista e em cujo sangue fervilha a fúria e impetuosidade irlandesa sofre uma transformação tremenda ao longo das quase mil páginas que compõe o livro original ( a minha edição está dividida em dois volumes). Ela não quer depender de ninguém para subsistir e sobre ela caem outras responsabilidades árduas e penosas porém, Scarlett combate com ferocidade o que o destino lhe traz.  Obcecada por Ashley Wilkes que não pode ter, por ser marido de Melanie, a protagonista é espicaçada pelo carismático Rhett Butler. Renegado, sem escrúpulos e de moral duvidosa, Rhett é igual a Scarlett. Pela primeira vez na vida, Scarlett tem um adversário à altura. Sarcástico, mordaz e irónico, este cavalheiro (ou não...) é irrevogavelmente uma das melhores personagens do livro! As quezílias entre os dois são flamejantes e incrivelmente deliciosas pois, nenhum está com a mínima inclinação para ceder. Os Wilkes deixaram-me dividida. Melanie com sua docilidade e generosidade cativou-me. Ela é daquelas pessoas que acreditam até ao fim na bondade e no valor de uma segunda oportunidade. Ashley já foi um caso distinto. A sua apatia perante um mundo em mudança deixou-me exasperada. É demasiado honrado e fiel aos seus princípios com receio de tomar decisões em áreas desconhecidas, Mr.Wilkes perde quando comparado com o inesquecível Rhett. Este quarteto de personagens domina as páginas do livro todavia, há outras pérolas a descobrir como a fantástica Babá, ama de Scarlett, a tia Pittypat e os seus fanicos, o previdente Will, a velha Fontaine, os Meade e todos aqueles rapazes que partiram para a guerra defendendo uma causa demasiado fantasiosa. Margaret Mitchell apresenta cada personagem com primor e antes mesmo dela entrar em cena, já a conhecemos devido aos pormenores e ao trabalho meticuloso de criação e construção da escritora. Sublime, E Tudo o Vento Levou é daquelas obras indescritíveis porque os adjectivos que existem são parcos perante tanta beleza! Só podemos abarcar a totalidade da sua glória quando entramos nas suas páginas... Mrs. Mitchell  faço-lhe uma vénia pela incomparável e memorável obra !

7/7- OBRA-PRIMA

TRAILER DO FILME:

Este não é o trailer do filme propriamente dito mas, aparentemente não há nenhum decente por isso, optei por colocar o trailer do blu-ray do filme. Gone with the Wind conquistou 10 Óscares da Academia e está na lista do AFI (American Film Institute) dos cinco melhores filmes de todos os tempos.

terça-feira, 11 de setembro de 2012

O Mar de Ferro (Crónicas de Gelo e de Fogo VIII) de George R.R Martin


ATENÇÃO A SINOPSE CONTÉM SPOILERS! SE NÃO OS DESEJAR AVANCE PARA OPINIÃO!
Quando Euron Greyjoy consegue ser escolhido como rei das Ilhas de Ferro não são só as ilhas que tremem. O Olho de Corvo tem o objectivo declarado de conquistar Westeros. E o seu povo parece acreditar nele. Mas será ele capaz?
Em Porto Real, Cersei enreda-se cada vez mais nas teias da corte. Desprovida do apoio da família, e rodeada por um conselho que ela própria considera incapaz, é ainda confrontada com a presença ameaçadora de uma nova corrente militante da Fé. Como se desenvencilhará de um tal enredo?
A guerra está prestes a terminar mas as terras fluviais continuam assoladas por bandos de salteadores. Apesar da morte do Jovem Lobo, Correrrio ainda resiste ao poderio dos Lannister, e Jaime parte para conquistar o baluarte dos Tully. O mesmo Jaime que jurara solenemente a Catelyn Stark não voltar a pegar em armas contra os Tully ou os Stark. Mas todos sabem que o Regicida é um homem sem honra. Ou não será bem assim?

A MINHA OPINIÃO:

O Mar de Ferro é à semelhança do volume anterior na edição portuguesa, O Festim dos Corvos, um livro de rescaldo contudo, o seu final já sugere novas reviravoltas e surpresas que nos aguardarão no seguinte volume da saga. É mais um livro de grande qualidade e cada página é soberba em despertar a minha preocupação, o meu amor e o meu ódio. Quando parece que guerra está a chegar ao fim, começam a movimentar-se novas peças e a estilhaçar e a forjar novas alianças, algumas periclitantes pois, neste jogo de poder não há bons nem maus. Ao estender a sua enorme história a novas Casas, George R.R. Martin trouxe novas cartas ao baralho e não se pode confiar em nenhuma. Os gémeos Cersei e Jaime são mais uma vez  um dos uns focos. Jaime é aquele personagem que nos confunde com as suas acções inesperadas e nos deixa pasmos com algumas decisões. Cersei, é a rainha com quem eu não me metia e evitava conhecer  pessoalmente todavia, é tão bom lê-la à distância e testemunhar os imbróglios em que se mete. A herança de Tywin Lannister é pesada e estes leões estão senti-la em cada fibra do seu corpo. Mais uma vez, a saudade bateu-me à porta? Onde estás Tyrion? Parece que só te vou reencontrar no próximo volume. Se alguns intervenientes estão em parte incerta, outros estão a amadurecer e a perder a ingenuidade como Sansa Stark. No início da saga, achava-a insuportável com as suas frivolidades e futilidades porém, ela está surpreender-me pela positiva. A sua irmã Arya sempre será das minhas predilectas! Embarcou numa missão tortuosa e espinhosa e é impossível não sofrer ou regozijar-se com ela. Quem também está neste barco é Samwell Tarly. Os seus capítulos são dos meus favoritos e o seu encontro com a Gata dos Canais ( quem leu sabe a quem me refiro!) foi simplesmente delicioso! A qualidade das personagens de Martin é inquestionável: só um escritor brilhante consegue manter a mesma intensidade durante oito volumes, aniquilar e criar novos peões igualmente atractivos como Doran Martell e Euron Greyjoy. Os Martell, os Greyjoys e Brienne são dos responsáveis por mais momentos de "cair o queixo"! Martin por esta é que não esperava! Que acontecerá à Brienne? E porque raio tens de me matar ansiedade sempre que acabo um livro das Crónicas? Despeço-me, por agora, com muita pena minha desta fabulosa saga mas, há algo que me diz que se acabaram os livros "calmos". A próxima  dança é uma valsa de dragões!

6/7-EXCELENTE

Voltei:)


Depois uns dias maravilhosos na ilha de Porto Santo numa das mais belas praias do mundo, voltei. Estou muito mais morena e preparadíssima para o novo ano lectivo que se avizinha... O 5º ano na universidade está mesmo aí e nada melhor que uns dias a descansar para encarar o futuro com outros olhos. Fui de férias mas não deixei as minhas leituras de lado. Em breve sairão opiniões fresquinhas:)... Até já!