A história do primeiro volume de uma nova trilogia notável desenrola-se em plena Guerra das Rosas, agitada por tumultos e intrigas. A Rainha Branca é a história de uma plebeia que ascende à realeza servindo-se da sua beleza, uma mulher que revela estar à altura das exigências da sua posição social e que luta tenazmente pelo sucesso da sua família, uma mulher cujos dois filhos estarão no centro de um mistério que há séculos intriga os historiadores: o desaparecimento dos dois príncipes, filhos de Eduardo IV, na Torre.
A MINHA OPINIÃO:
A Rainha Branca é, cronologicamente, o segundo livro desta saga de Philippa Gregory. Inicialmente, publicitada como uma trilogia já se transformou numa saga. Este volume é de Elizabeth (Isabel), filha de Jacquetta de A Senhora dos Rios. Ao influir o dom da previdência e a capacidade de lançar maldições na história, Gregory dá algo de imprevisível ao previsível. A escritora é fluída mesmo ao relatar as guerras, as trocas de alianças políticas e a cobrir anos e anos da vida de Isabel. É verdadeiramente notável a forma como ela alia a caracterização histórica à componente ficcional! Sem nunca perder o fio à meada, descreve a instabilidade da monarquia inglesa durante a Guerra das Rosas onde nem os laços de sangue significam paz. Nesta obra, a família nem sempre simboliza segurança e conforto.
Eduardo IV, o amado de Isabel, é uma personagem muito curiosa: é muito frontal, corajoso e dinâmico porém, tem uma certa ingenuidade um tanto juvenil de acreditar sempre na bondade e na boa vontade dos demais, o que lhe trará alguns dissabores. Os seus dois irmãos, Jorge e Ricardo, também filhos da casa de Iorque outrora indissociáveis da sua corte já não são tão fiéis quanto ele esperaria. Gregory não faz uma transição abrupta de alianças, é bastante elucidativa ao especificar os porquês das mudanças de alianças. Todavia, existe uma pequena barreira de confusão na sua escrita: os nomes iguais das inúmeras personagens. A culpa não propriamente dela, é da pouca originalidade que existia nas casas reais inglesas. Por exemplo, Isabel, a protagonista tem dois filhos que se chamam Ricardo e um deles tem como tio, Ricardo, o irmão mais novo de Eduardo IV. No início, aborreci-me com este facto mas, não a leitura não deixou de ser incrivelmente acirrante! Isabel tem uma história tremenda e cruza-se com outras vidas que partilham o mesmo adjectivo. A mulher, a mãe, a esposa são as facetas que a autora explora sem pudor expondo sentimentos tão humanos como o perdão e a traição. Não obstante, não se descura ao narrar as histórias paralelas e mais uma vez, instiga a nossa curiosidade para o volume seguinte. O mistério dos princípes da Torre é das jogadas mais brilhantes da escritora pois, ela coloca todas as pistas na mesa mas, somos nós que teremos de chegar a uma conclusão.
A Rainha Branca é uma leitura deslumbrante que proporciona prazer e aprendizagem...
6/7-EXCELENTE
TRAILER DA SÉRIE:
Eduardo IV, o amado de Isabel, é uma personagem muito curiosa: é muito frontal, corajoso e dinâmico porém, tem uma certa ingenuidade um tanto juvenil de acreditar sempre na bondade e na boa vontade dos demais, o que lhe trará alguns dissabores. Os seus dois irmãos, Jorge e Ricardo, também filhos da casa de Iorque outrora indissociáveis da sua corte já não são tão fiéis quanto ele esperaria. Gregory não faz uma transição abrupta de alianças, é bastante elucidativa ao especificar os porquês das mudanças de alianças. Todavia, existe uma pequena barreira de confusão na sua escrita: os nomes iguais das inúmeras personagens. A culpa não propriamente dela, é da pouca originalidade que existia nas casas reais inglesas. Por exemplo, Isabel, a protagonista tem dois filhos que se chamam Ricardo e um deles tem como tio, Ricardo, o irmão mais novo de Eduardo IV. No início, aborreci-me com este facto mas, não a leitura não deixou de ser incrivelmente acirrante! Isabel tem uma história tremenda e cruza-se com outras vidas que partilham o mesmo adjectivo. A mulher, a mãe, a esposa são as facetas que a autora explora sem pudor expondo sentimentos tão humanos como o perdão e a traição. Não obstante, não se descura ao narrar as histórias paralelas e mais uma vez, instiga a nossa curiosidade para o volume seguinte. O mistério dos princípes da Torre é das jogadas mais brilhantes da escritora pois, ela coloca todas as pistas na mesa mas, somos nós que teremos de chegar a uma conclusão.
A Rainha Branca é uma leitura deslumbrante que proporciona prazer e aprendizagem...
6/7-EXCELENTE
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