sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Rainha Vermelha de Philippa Gregory


Herdeira da rosa vermelha de Lancaster, Margarida vê as suas ambições frustradas quando descobre que a mãe a quer enviar para um casamento sem amor no País de Gales. Casada com um homem que tem o dobro da sua idade, depressa enviúva, sendo mãe aos catorze anos. Margarida está determinada em fazer com que o seu filho suba ao trono da Inglaterra, sem olhar aos problemas que isso lhe possa trazer a si, à Inglaterra e ao jovem rapaz. Ignorando herdeiros rivais e o poder desmedido da dinastia de York, dá ao filho o nome Henrique, como o rei, envia-o para o exílio, e propõe o seu casamento com a filha da sua inimiga, Isabel de York.
Acompanhando as alterações das correntes políticas, Margarida traça o seu próprio caminho com outro casamento sem amor, com alianças traiçoeiras e planos secretos. Viúva pela segunda vez, Margarida casa com o impiedoso e desleal Lorde Stanley. Acreditando que ele a vai apoiar, torna-se o cérebro de uma das maiores revoltas da época, sabendo sempre que o filho, já crescido, recrutou um exército e espera agora pela oportunidade de conquistar o prémio maior
.

A MINHA OPINIÃO:

A Rainha Vermelha é o terceiro livro que leio da saga sobre a Guerra dos Primos ou Guerra das Rosas de Philippa Gregory.
Margarida é a primeira protagonista desta série que não suporto! É ignóbil, mesquinha e cega pela ambição. A sua fé adquire contornos de fanatismo e ela repete-o, constantemente, como um lema como se não o soubéssemos. Torna-se monótono "ouvir" o discurso de Margarida Beaufort. Não sei se é propositado ou não. Apesar deste ininterrupto elogio falseado de humildade a si própria, Margarida é competente como personagem. Gregory retrata-a através dos seus pensamentos, acções e alianças e, por mais, que não inspire confiança ou simpatia , não podemos negar que ela tem coragem. Pode não ser aquela que é contada como a mais bela das virtudes e pode até ser motivada pela loucura contudo, é coragem! Luta pelo direito ( verdadeiro ou não!) do filho ao trono e transforma-se numa hábil política e estratega. Não há como fugir à arrogante e prepotente Beaufort. A autora não é comedida em adjectivar a personagem principal e isso até causa admiração. Ao invés de a descrever como a pobre coitada que teria remorsos e arrependimentos, ela opta pelo oposto, o que provavelmente se assemelhará muito mais à realidade da época. Correndo o enorme risco de a leitura se tornar repulsiva, Philippa Gregory é honesta. Com outro autor, este livro poderia tornar-se num falhanço tremendo todavia, a escritora tem o dom da narração. Não há nada como um mistério ou uma conspiração para agarrar o leitor. É isso que ela faz! Dá ao espectador o outro lado da história de A Rainha Branca para que tire as suas próprias conclusões. No entanto, este "quase" complemento ao primeiro livro, é deficitário em imprevisibilidade. Como o desfecho já é sabiamente conhecido, o efeito surpresa é inexistente. Não obstante, a minha curiosidade por Henrique Tudor e Isabel de Iorque inicia-se aqui. Como fugirão às "garras" das respectivas mães?
A Rainha Vermelha é o que menos aprecio da saga até agora pelas razões acima enunciadas da qual a mais preponderante é a minha antipatia por Margarida. Além disso, ainda me fazem confusão a tradução literal de todos os nomes próprios anglo-saxónicos ( Henry=Henrique). Porquê?...
 
3.5/7- BOM

5 comentários:

  1. http://www.olx.pt/userlistings/10700309 quem quiser bons livros basta seguir o link (peço desculpa pela intromissão)

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  2. Opá, quero tanto ler... (eu digo isto acerca de virtualmente todos os livros xD) Já o tenho na estante :D

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    1. Cata, como eu te compreendo! Já o tens na estante? Ele não te está piscar o olho?

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  3. Ois Jojo,

    Parece que não te encheu as medidas o livro, seja como for é uma escritora que tenho que experimentar, a ver se consigo em 2014 :)

    Bjs e boas leituras

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    1. Fiacha, tens mesmo que a conhecer. Ainda por cima estás na onda dos "romances históricos":P

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