terça-feira, 28 de julho de 2015

Red Queen de Victoria Aveyard

The poverty stricken Reds are commoners, living under the rule of the Silvers, elite warriors with god-like powers.
To Mare Barrow, a 17-year-old Red girl from The Stilts, it looks like nothing will ever change.
Mare finds herself working in the Silver Palace, at the centre of
those she hates the most. She quickly discovers that, despite her red blood, she possesses a deadly power of her own. One that threatens to destroy Silver control.
But power is a dangerous game. And in this world divided by blood, who will win?
 
A MINHA OPINIÃO:

Red Queen é a estreia de Victoria Aveyard. É uma distopia com mais uma personagem feminina como protagonista, Mare Barrow. Embora esta premissa não seja original, Aveyard conseguiu cativar-me. O seu principal trunfo é, na minha opinião, as intrigas palacianas. São brilhantemente orquestradas e de grande minúcia porém, ainda retêm o poder da imprevisibilidade. Traição é um prato muito comum nesta corte real. O final termina numa incógnita despertando a curiosidade para o volume seguinte. O mundo em si é uma combinação de fantasia, contos de fadas e uma recriação bizarra da época medieval. Neste primeiro livro, surgem, de início, personagens realistas, nem boas, nem más mas, uma miscelânea de ambas.  Num momento, adoramos as suas atitudes e noutro, o ódio por elas é visceral e autêntico. Claro que há sempre o mais vilão dos vilões todavia, esse permanece quase imperceptível até à revelação no fim do livro. A escrita de Aveyard é harmoniosa, balançando na perfeição, a descrição com a acção. É manipuladora e viciante!
No entanto, algo destrói a perfeição de Red Queen. Pelo caminho, as personagens vão-se tornando cada vez menos " cinzentas" e mais brancas e pretas, perdendo um pouco da sua essência até à sua revelação abrupta, após a qual, deixam ter as qualidades redentoras, ou pelo menos, compreensíveis da sua evolução como antagonistas da história. O romance é também negligenciado. Talvez, a autora estivesse a tentar não se centrar demasiado neste ponto para se distinguir dos demais, não obstante, merecia uns alicerces mais fortes. Ainda assim, o final sugere um segundo livro épico e, esperemos que seja muito melhor.

4.5/7- BOM

domingo, 26 de julho de 2015

Devaneio do Dia| A Civilização que não é civilização...


Civilização é um conceito bastante complexo. Segundo a história, antropologia e perspectiva evolucionista é o estádio mais avançado de determinada sociedade humana. Por avançado, entenda-se culto ou desenvolvido. A transição de homo sapiens sapiens recolector/caçador para  homo sapiens sapiens que vive numa sociedade organizada e sustentável foi um dos maiores passos da História Humana. As grandes civilizações: Egípcia, Grega, Etrusca, Hitita e Asteca são só algumas das maiores da Antiguidade. Se há algo que aprendemos com o passado é que os erros e más acções podem ter repercussões desastrosas no futuro. Civilização é conceito tão amplo que já foi alvo de várias teorias e conflitos de ideias. Segundo Samuel P. Huntington é " "o maior agrupamento cultural de pessoas e o mais amplo nível de identidade cultural que distingue os seres humanos de outras espécies." É ainda defendido que civilização deve ser sinónimo de respeito pelo outro ser humano, dignidade e algo que possa influenciar beneficamente uma outra civilização. Logo, civilização não deve ser um substantivo utilizado de ânimo leve!


Há algum tempo atrás houve, um homo sapiens sapiens iluminado que resolveu utilizar tão grande nome para baptizar uma editora. Aparentemente e a julgar, pelas as acções mais recentes dos homo sapiens sapiens de tão nobre instituição, foi o nome muito infeliz. Retrocedeu de sapiens sapiens para austrolopiteco pois, o conceito de civilização é demasiado para a sua cabecinha (não) pensante. Na última Feira do Livro de Lisboa, em Maio e em Junho, os austrolopitecos estabeleceram um acordo com os trabalhadores. Meus caros leitores, estamos no fim de Julho e, o acordo ainda não foi cumprido! Os pobres enganados dos trabalhadores estiveram horas a fio de pé a atender clientes e horas a arrumar e a desarrumar os livros. Esta pessoa esteve lá e é testemunha do calor abrasador que estava e o quanto dificultava o trabalho nos stands.  O problema não está em trabalhar... isso não é vergonha. Vergonha e chulice (isso mesmo austrolopitecos da Civilização!) é não remunerarem devidamente quem deu a cara pela editora dita civilizada. Seus asnos!!! Provavelmente. já estão todos contentes e felizes a pensar nos pobres coitados que vão explorar na próxima feira do livro! Portanto, esta Civilização não tem nada de civilização... Não passa de uma instituição onde trabalham vermes humanoídes que se assemelham a pessoas e, que insistem em não pagar o que devem. Aliás, ainda têm o descaramento de desaparecer do mapa sem dar explicações. Estas mulas acham que a escravatura ainda não foi abolida!
Civilização (ou não) podem dizer a adeus a mais uma cliente pois, com atitudes destas, estão a aumentar o meu crescente desânimo pelo mercado editorial português. Sayonara!!!

domingo, 19 de julho de 2015

The Secret Garden de Frances Hodgson Burnett

Mary Lennox was horrid. Selfish and spoilt, she was sent to stay with her hunchback uncle in Yorkshire. She hated it. But when she finds the way into a secret garden and begins to tend it, a change comes over her and her life.

A MINHA OPINIÃO:

The Secret Garden é um clássico que sempre me despoletou curiosidade... Por uma razão ou por outra nunca tive oportunidade de o ler. Em adulta, esperava uma obra genial e não foi isso que encontrei.
É uma história enternecedora mas, com problemas na condução do seu elenco de personagens. A protagonista do livro, Mary é introduzida como uma menina, vítima de uma negligência parental gigantesca e, por conseguinte, torna-se insuportável, convencida e egoísta. Esta deveria ser a sua história de redenção  ou melhor, o percurso que leva à sua transformação. Todavia, acerca de meio do livro, o foco deixa de ser ela mas, um outro personagem com o qual o leitor não tem qualquer tipo de intimidade e que se vê quase obrigado a conhecer e amar. Esta mudança repentina é uma clivagem abrupta na narrativa que baralha as emoções de quem o lê. Embora esta personagem-surpresa tenha influência no caminho de Mary rumo à felicidade detona a atenção do espectador.
No entanto, The Secret Garden é uma bela leitura infantil onde valores como a amizade, responsabilidade e amor fraternal ou parental são engrandecidos. E apesar de, no início, Mary ser uma criança birrenta e insuportável, é com ela que descobrimos a beleza do jardim secreto. As descrições deste cantinho, tão adorado por Mary, são mágicas e qualquer um ficaria encantado pela sua beleza. Novo ou velho. É um livro refrescante porque não contém o triângulo amoroso enfadonho ou o ódio visceral retratado nos livros mais adultos. É simplesmente genuíno e reminiscente da inocência da juventude. Embora tenha as suas falhas e possa ser demasiado fantasioso para alguns, é um clássico agradável de se ler.

4/7- BOM

TRAILER DO FILME: