sexta-feira, 1 de julho de 2016

O Vestido Cor de Pêssego de R.A.Stival

O general Amadeus Barnard, da Cavalaria Ligeira da Grande Armée de Napoleão, tinha um título de nascimento. Propriedades. Uma biblioteca preciosa. Era um herói nacional. Bonito como o diabo.
Adeline Boissinot só tinha dois vestidos. Não: apenas um vestido - o que trouxera no corpo quando rumara até Paris, atrás de um sonho que nunca se realizaria... O outro, o vestido castanho que usava durante o dia e fora adaptado ao seu corpo delicado, era o vestido da criadagem. E ele era o seu patrão.
Uma história arrebatadora, que nos arrasta imperiosamente para a eterna batalha entre a guerra e o amor. Uma autora apaixonada pelas suas personagens e pela vertigem que as atrai. Resultado: um grande romance, povoado de gente viva, para gente que gosta de sentir o coração palpitar.
Uma saga, Hussardos e Dragões, que já não pode parar...

A MINHA OPINIÃO:

O Vestido Cor de Pêssego não foi uma leitura planeada. Foi um impulso do momento e que foi, inesperadamente, muito recompensador! É uma história arrebatadora desde o início ao fim que tem como base as guerras napoleónicas. História mistura-se em perfeita harmonia com romance e  Adeline é a perfeita protagonista. Mulher generosa e lutadora que, é uma verdadeira guerreira em tempos de guerra.  Através dos seus olhos, a autora leva-nos ao passado e entrelaça-o com presente o que leva a ler desenfreadamente. Além de ser uma história de amor, também aborda temas tão tenebrosos como a guerra e as suas consequências num soldado e no povo. As angústias e feridas físicas e da alma são aqui retratadas a cru. Não há suavidade nenhuma quando a escritora explora o stress pós-traumático, a fome, a miséria e as temíveis infecção nas feridas de guerra. Gangrena era extremamente comum e fatal numa era pré- antibiótico. Sem querer parecer muito estranha, estas partes são as minhas favoritas porque, no meio de tanta fealdade nasce algo tão bonito como a relação entre Adeline e Amadeus. R.A. Stival  ainda dá um toque de imprevisibilidade fazendo com que o leitor se interrogue inúmeras vezes sobre o final que julgava certo e decidido. 
Eis um livro que se devora! As páginas desaparecem, rapidamente, engolidas num frenesim pois, ao fim de poucos capítulos, as personagens já se tornaram tão queridas que é impossível largá-las.

5/7-MUITO BOM